domingo, 24 de fevereiro de 2008

Claro prevê segundo semestre forte no país com impulso da 3G

Por Renata de Freitas

SÃO PAULO (Reuters) - O segundo semestre do ano deve ser o mais aquecido para o mercado de telefonia móvel, na avaliação do presidente da Claro, João Cox, por conta do lançamento de serviços de terceira geração, a chamada 3G, que permite, entre outros, videoconferência pelo celular.

"Seguramente, a maior parte das adições no segundo semestre será em 3G", afirmou o executivo a jornalistas nesta quinta-feira, quando divulgou o melhor desempenho que a Claro já teve no país. A empresa registrou em 2007 lucro anual pela primeira vez, segundo Cox, que evitou divulgar o número.

A projeção da Claro, com base no consenso dos analistas, é de que o mercado brasileiro de celular tenha expansão de 20 milhões de usuários este ano, repetindo crescimento em termos absolutos de 2007. A mesma previsão foi feita recentemente pelo presidente da TIM Brasil, Mario Cesar Pereira de Araujo.

A Claro, que já lançou a 3G na faixa de frequência de 850 MHz, identificou forte demanda por banda pelos primeiros usuários, conhecidos por "early adopters", e vem reforçando a rede. Outro investimento forte este ano será na instalação da rede 3G na frequência de 2.100 MHz, para a qual foram contratadas a Nokia-Siemens, a Ericsson e a Huawei, informou Cox.

A terceira maior operadora de telefonia móvel do país prevê investimentos de 700 milhões de dólares no Brasil em 2008, sem contar o valor de desembolso por licenças licitadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no ano passado.

FUSÃO É NATURAL

O presidente da Claro procurou fugir da confrontação com o governo a respeito da possível fusão entre Oi e Brasil Telecom . Para Cox, a fusão "é uma questão natural de mercado", se forem respeitadas as leis.

Ele argumentou que o mercado brasileiro de telefonia móvel é dos mais competitivos do mundo, com três grandes operadoras praticamente empatadas em termos de 'market share' -Vivo (27,68%), TIM (25,85%) e Claro (24,99%).

"O Brasil tem a menor rentabilidade do mundo, de 23 por cento", disse o executivo, referindo-se a um estudo recente de mercado feito por um banco. "As condições regulatórias, as exigências de cobertura, ...acabam quase que forçando as empresas a se aglutinarem para poder sobreviver", disse.

A Claro encerrou o ano com margem operacional medida pelo Ebitda de 25 por cento, receita líquida de 10 bilhões de reais ou crescimento de 19,3 por cento, e 30,2 milhões de clientes, expansão de 26,6 por cento.

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