quarta-feira, 5 de março de 2008

O CELULAR ELÁSTICO

Tão importante como reunir diversas funções em um mesmo equipamento, para os especialistas em convergência digital é reduzir-lhe o peso e dotá-lo cada vez mais de praticidade – e isso é tudo o que o consumidor deseja.
Seguindo esses mandamentos tecnológicos, o Centro de Pesquisas da Nokia e a Universidade de Cambridge criaram o protótipo de um incrível celular, flexível como o plástico.


Não será preciso bolso ou bolsa para guardá-lo, basta esticar o aparelho, adaptá-lo e usá-lo como se fosse uma pulseira”, diz o chefe do projeto, Tapani Ryhanen. Batizado de Morph, esse novo e revolucionário celular é transparente e fino como folha de papel.
Mais ainda: trata-se, digamos, de um celular- camaleão, uma vez que ele se transforma em diversos equipamentos, como computador, máquina fotográfica e tocador de música, adquirindo muitos formatos e adequando-se a situações e à vontade de seu dono.


O segredo desse “estica e puxa” está na nanotecnologia, a ciência que estuda e constrói estruturas a partir de átomos – os tijolos básicos da natureza. Foi através da manipulação de micropartículas de substrato de plástico, folhas metálicas e pigmentos de tinta tão finos como fio de cabelo que a tela do Morph pôde ser desenvolvida até atingir a elasticidade ideal.
Ainda que o usuário descaracterize o celular até transformá-lo, por exemplo, em um bracelete, os micropigmentos da tela se adaptarão a esse novo formato. Alguns elementos da tecnologia desenvolvida para o projeto Morph devem ser incluídos nos aparelhos nos próximos cinco anos, inicialmente nos modelos top de linha.
Por enquanto, o protótipo desse novo telefone móvel está exposto como jóia no Museu de Arte Moderna de Nova York, na mostra chamada Design and the elastic mind. E isso é tudo o que deseja Ryhanen: “Juntar arte e ciência possibilita mostrar o potencial da nanociência a um público consumidor mais amplo.”

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial